22 de novembro de 2013

2º ASSUNTO SOB DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL

01/06/2005 - 17h10 O Brasil tem segunda pior distribuição de renda do mundo

O Brasil tem a segunda pior distribuição de renda do mundo de acordo com o índice de Gini --que mede a desigualdade de renda em valores de 0 (igualdade absoluta) a 1 (desigualdade absoluta). O índice do Brasil é de 0,60, sendo superado só por Serra Leoa (0,62). A Áustria é uma das nações que tem a melhor distribuição de renda do mundo (0,23).
*Segundo o Radar Social, estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), embora o país tenha conseguido melhorar alguns de seus principais indicadores sociais, a distribuição de renda ainda é um dos piores problemas do país.
*De acordo com a pesquisa, 1% dos brasileiros mais ricos --1,7 milhão de pessoas-- detém uma renda equivalente a da parcela formada pelos 50% mais pobres (86,5 milhões de pessoas).
*O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, avalia que esse estudo irá fazer com que o governo receba mais cobranças sobre o que está sendo feito na área social.
*"Com certeza vai aumentar a cobrança sobre o governo e cobrança sobre as políticas sociais do governo. Mas o objetivo do trabalho é justamente esse: permitir uma melhor avaliação da nossa realidade, permitir avaliar as nossa políticas e dar um instrumento para a sociedade de maneira geral para que possa ajudar o governo, inclusive criticamente, para nós melhorarmos", disse.

O Radar Social faz uma análise das condições de demografia, educação, saúde, trabalho, renda, moradia e segurança no país e aponta quais os principais problemas de cada uma dessas áreas. Ele será divulgado a cada dois anos com os dados atualizados.

Iniciativa
Junto com o documento, o Ministério do Planejamento divulgou as principais iniciativas do governo para combater esses problemas e constam do site da pasta (www.planejamento.gov.br/radarsocial).
Apesar de todo esforço para identificar quais os principais problemas na área social, o governo não irá tomar nenhuma atitude de imediato. "É claro que ele [o Radar] tem uma influência. Mas imediata não acho que seja possível", disse Bernardo.
De acordo com ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há alguns dias que o governo precisa "aumentar a disponibilidade de elementos que aumento a vigilância social". Nesse caso, o ministro acredita que o estudo permitirá que mais pessoas tenham acesso ao que é feito na área social.
Ainda no que diz respeito à renda, praticamente um terço da população brasileira (31,7%) era considerada pobre em 2003. Ou seja, 53,9 milhões de pessoas viviam com uma renda per capita de até meio salário mínimo.o Brasil tinha em 2003. Alagoas é o Estado em que contabilizou mais pobres (62,3%).

Santa Catarina é o que está na melhor condição, com apenas 12,1% da população sendo considerada pobre.

O Ipea é ligado ao Planejamento e no estudo defende um modelo de desenvolvimento que combine crescimento com geração de ocupação e renda. 
 

TEMA: DISTRIBUIÇÃO DE RENDA



A DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DA RENDA NA ECONOMIA DE UM PAÍS 

Resumo


Distribuição funcional da renda é a forma como se distribui, dentre os fatores alocados na produção de um determinado bem ou conjunto de bens, a renda que é obtida pelo resultado dessa produção. Este artigo aborda a economia industrial de Santa Catarina, e faz um confronto de alguns dos seus indicadores de distribuição de renda com os da economia industrial do Brasil e de alguns estados com boa presença no produto industrial brasileiro. No setor da indústria de transformação do Estado de Santa Catarina e do Brasil como um todo, o comportamento da distribuição funcional da renda entre os fatores, ao longo do tempo, constitui um cenário dinâmico e interessante objeto de estudo e de curiosa investigação. Objetivos: Destaca-se como objetivo principal: Conhecer a distribuição da renda do segmento industrial catarinense do período que vai de 1996 a 2006. A partir do delineamento do objetivo geral ramificam-se os objetivos específicos em: (i) identificar como se deu a dinâmica da distribuição da renda no setor industrial pós década de 1990; (ii) contextualizar os indicadores obtidos com fatos econômicos registrados para a época; (iii) relacionar ao conceito obtido para grau de monopólio e (iv) comparar os indicadores do estado com os do Brasil, de outras cinco Unidades da Federação e com um trabalho semelhante desenvolvido por VIEIRA (1989) que apresenta dados relativos à década de 1970. Metodologia: O método utilizado para a constituição da base lógica a que dá sequência esse artigo é o analítico-dedutivo. Os métodos técnicos utilizados para a elaboração da pesquisa foram a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. A base para a definição de quais são os fatores responsáveis pelo cálculo da distribuição funcional da renda em uma determinada economia é compreendida em Kalecki, assim então, foi possível pesquisar os dados necessários e calcular os indicadores para a verificação da evolução desse cenário durante o período estudado. Conclusão: O trabalho mostra que Santa Catarina não difere, significativamente, do Brasil e de outros estados no que se refere à distribuição funcional da renda gerada pelo setor industrial e no grau de monopólio de suas indústrias. Também é possível concluir que a prática da economia industrial catarinense segue de acordo com as teorias de Kalecki no que diz respeito à relação inversa verificada entre os indicadores de mark-up e distribuição funcional da renda.